Diretora da CASJ

Irmã Ana Maria da Silva

Irmã Ana Maria da Silva, ou simplesmente “Madre Maria”, como é conhecida, nasceu em 5 de novembro de 1960, no município de Nova Prata (RS). Formada em Pedagogia e Serviço Social, soma mais de 35 anos de serviço missionário prestado no Brasil, na América Latina e na África. Ligada à Pastoral do Imigrante e à Pastoral da Criança, desenvolve relevante trabalho, deixando legado por onde passa. Militante na defesa dos direitos humanos, tem destaque na atuação junto a populações de grande vulnerabilidade, especialmente mulheres e crianças.

Em Pacaraima (RR), onde reside desde agosto de 2018, dedica-se ao trabalho humanitário focado no acolhimento a refugiados e migrantes.  No município fronteiriço entre Brasil e Venezuela, é fundadora e diretora da Casa de Acolhida São José – abrigo de passagem para mulheres e crianças migrantes.

Ainda na década de 1990, no Rio Grande do Sul, Irmã Ana Maria atuou nos municípios de Porto Alegre, Montenegro, Rio Grande, São José do Norte e São Francisco de Paula.

Na capital gaúcha, seu pioneirismo garantiu a implementação de projeto pedagógico junto ao setor de Oncologia do Hospital Santo Antônio da Criança, beneficiando crianças com câncer, e mantido até hoje. Em Montenegro, contribuiu para o ensino público e é membro-fundadora da Escola Aberta. Em São Francisco de Paula, é membro-fundadora do Conselho Tutelar.

No ano 2000 foi para a Bolívia. Atuou na região de Trinidad, San Joaquin e San Ramón. Foi a primeira religiosa a ingressar no serviço público boliviano, sendo colaboradora na criação do Conselho Tutelar de San Joaquin. Logo após, em março de 2001, fundou a creche “Hogar San José”, atendendo permanentemente 20 crianças com idade entre 0 e 5 anos, residentes na cidade, além de, aleatoriamente, demais crianças advindas da região.

Em San Ramón, é co-fundadora da Defensoria da Mulher, sendo também a primeira pessoa a ocupar o cargo de defensora. Ainda neste município, em maio de 2004, abriu o refeitório público “Comedor Ollita Solidária” para atender inicialmente 40 crianças órfãs e de baixa renda. O espaço permanece ativo.

Em Trinidad, teve participação direta em denúncia de tráfico de pessoas da qual originou uma operação envolvendo a INTERPOL e incorrendo no fechamento de um prostíbulo internacional, culminando no resgate de 14 menores brasileiras.

Em 2007 serviu em missão na África. Em Moçambique, atuou no município de Mocimbo da Praia, sendo co-fundadora de uma rede de escolas populares chamada “Educar para o Futuro”. Atuou fortemente na formação e conscientização das mulheres africanas quanto aos seus direitos e em defesa do cumprimento da Lei de Proteção destas. Teve passagem também pela Tanzânia.  

De volta ao Brasil, entre 2016 e 2018, residiu na Bahia, no município de Itabela, onde colaborou na reorganização da Organização Não-governamental “Mulheres Ativas”, promovendo capacitações para empoderamento e empreendedorismo feminino.