Há 2 anos, a Casa de Acolhida São José foi invadida por policiais encapuzados e armados, numa ação arbitrária, sem mandado judicial, que acusava a direção do abrigo de aglomeração em contexto de pandemia. A ação, com claro intuito de deportação em massa de refugiados e migrantes venezuelanos, chamou a atenção de organismos e instituições nacionais e internacionais que atuam em defesa dos direitos humanos, em especial, daqueles que se direcionam especificamente à pauta migratória. A agressão sofrida pelos beneficiários gerou traumas a crianças, adolescentes e mulheres.
Na ocasião, a diretora da CASJ, irmã Ana Maria da Silva, foi conduzida à delegacia. “Me senti como se fosse uma criminosa. Ainda hoje é difícil esquecer aquele cenário cinematográfico de horrores construído para intimidar a mim e a todas aquelas pessoas em situação extrema de vulnerabilidade que acolhemos com tanto respeito e consideração, buscando proporcionar alguma condição de dignidade, ainda que numa oferta mínima e precária, em caráter de emergência, aqui na fronteira”, afirma.
Após o episódio ocorrido na Casa de Acolhida São José, organizações da sociedade civil manifestaram uma Nota Pública por Justiça e Dignidade, contra a Violência. A Defensoria Pública da União (DPU) e o Ministério Público Federal (MPF) ingressaram, com uma ação na Justiça para impedir que a União deportasse imigrantes durante o período em que a fronteira do Brasil com a Venezuela foi mantida fechada. A repercussão daquele triste 18 de março na imprensa está registrada no site da CASJ, na seção NA MÍDIA.
➡️ Clique no link e entenda o que se passou em 18/3/21:
🔗 NOTÍCIAS PUBLICADAS NA MÍDIA https://casadeacolhidasaojose.org.br/category/namidia/
🔗 NOTA PÚBLICA POR JUSTIÇA E DIGNIDADE, CONTRA A VIOLÊNCIA
https://conectas.org/wp-content/uploads/2021/03/NOTA-PU%CC%81BLICA-POR-JUSTIC%CC%A7A-E-DIGNIDADE-CONTRA-A-VIOLE%CC%82NCIA-1.pdf?_ga=2.140602098.1789667009.1679075174-1406079805.1679075174
